terça-feira, 12 de maio de 2009

Após 30 anos irmão dá a luz a irmão gêmeo

Você já se imaginou "parir" seu próprio irmão? Não? Mas, foi quase isso que aconteceu com Gavin Hyatt um bombeiro de 30 anos.
Gavin começou a sentir fortes dores na região abdominal e sangramento no seu umbigo. “Quatro médicos analisaram meu caso e todos ficaram intrigados com o caroço que eu carregava”.
Após uma rápida avaliação, os médicos imaginaram se tratar apenas de um cisto, mas nem poderiam imaginar a causa de tantas dores. Hyatt carregava seu irmão gêmeo no abdome. Isso mesmo - o rapaz trazia um gêmeo parasita de 4 cm que morreu no ventre da sua mãe ainda no início da gravidez e que permaneceu durante 30 anos nos seus tecidos.
Seu médico, Dr. Joe Santos, declarou ao The Sun que este é um caso extremamente raro, que normalmente ocorre na Ásia e ilustrou: “Foi como uma cena de Alien. Eu não acreditava em Gavin, quando ele dizia que algo estava saindo do seu umbigo, até que eu vi”.
Como uma forma de garantir a veracidade da história, Hyatt resolveu guardar o pequeno gêmeo num frasco.

Esta anomalia poderia ser dizer que é um exacerbo do caso dos gêmeos xipófagos (siameses). Neste caso, é considerada uma anomalia “fetus in fetu“, quando um gêmeo malformado é encontrado dentro do corpo de um gêmeo hospedeiro, seja uma criança ou um adulto vivo.
Isso mesmo, os gêmeos não chegam a se separar completamente quando são zigotos e ficam unidos por alguma região do corpo. Um destes gêmeos cresce, se desenvolve “normalmente”, enquanto o outro se atrofia e se aloja no interior do gêmeo sadio e passa a depender completamente dele.
De acordo com a literatura especializada, quando o feto hospedeiro consegue sobreviver ao parto, este fica com uma protuberância, como se fosse um inchaço na região onde está feto parasita. Cerca de 80% dos casos ocorrem com o parasita alojado na região abdominal. Quando nasce uma criança (ou um adulto passa por exames específicos), podem ser escontradas no abdomen massas contendo ossos, cartilagem, dentes, tecido do sistema nervoso central, gordura e músculo denominadas ‘teratomas’. Mas só serão consideradas como fetus in fetu caso haja um tronco e membros reconhecidos.
Embora seja difícil saber a taxa exata de incidência, já que os casos podem passar despercebidos durante longos períodos, acredita-se que o fetus in fetu ocorre a cada grupo de 500 mil nascimentos, e muitas vezes passam desapercebidos sem serem diagnosticados.


Um comentário:

  1. Incrível este caso. Imagina carregar um feto sem nem suspeitar.
    Surpreendente, declaro que fiquei chocado e assustado.

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